segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A 18 meses do Iowa

Quando estamos a sensivelmente ano e meio de distância do caucus do Iowa, o primeiro e decisivo acto do processo de primárias, a situação no campo republicano continua bastante tranquila, com o leque de candidatos a candidatos a pretender adiar ao máximo o pontapé de saída na campanha eleitoral para as presidenciais de 2012. Contudo, além de "incontornáveis", como Sarah Palin, Mitt Romney ou Mike Huckabee, outros nomes começam a surgir com mais insistência, como são os casos de Mitch Daniels, Haley Barbour ou John Thune.
Os concorrentes ao lugar actualmente na pertença de Barack Obama estão, então, a aguardar o desfecho das eleições intercalares de Novembro, mas isso não impede que continuem a surgir sondagens sobre as primárias do GOP que irão decidir quem desafiará Obama na eleição geral. Saiu hoje um novo estudo de opinião, da autoria do The Iowa Republican, que coloca Mike Huckabee na frente da corrida  no Iowa com 22% dos votos, ficando Romney a 4 pontos percentuais, Newt Gingrich (algo surpreendentemente) em terceiro com 14% e só depois Palin com 11% das intenções de voto. No campeonato dos pequenos, o libertário Ron Paul consegui 5%, enquanto Tim Pawlenty e John Thune quedaram-se pelo 1%.
A vitória de Huckabee não surpreende, visto que o antigo governador do Arkansas foi o vencedor do caucus do Iowa em 2008, mas estes números permitem tirar algumas indicações, especialmente a má prestação de Sarah Palin e o bom resultado de Gingrich. Fazendo um pouco de futurologia, é provável que após os dois primeiros momentos das primárias - o caucus do Iowa e as primárias de New Hampshire - a corrida esteja em grande parte limitada a dois candidatos principais: um moderado, como Romney ou Pawlenty, e um representante da ala mais conservadora do GOP, como Palin, Huckabee ou Gingrich. Desta feita, tendo em conta que Mitt Romney é o grande favorito no New Hampshire, Estado vizinho do seu Massachusetts, o Iowa assume-se como o momento-chave para os candidatos mais conservadores. Assim, estes números não são nada animadores para Sarah Palin, mas, por outro lado, podem entusiasmar Gingrich a uma eventual candidatura.
Claro que estas sondagens têm um valor limitado, numa altura em que ainda não há candidatos oficiais e em que as grandes figuras beneficiam do facto de o seu nome ser reconhecido pela maioria, enquanto que possíveis outsiders, como Pawlenty ou Mitch Daniels, pouco conhecidos a nível nacional, podem vir a beneficiar de uma campanha de proximidade, como é norma no Iowa. De qualquer forma, é sempre bom irmos vendo alguns dados, que comecem a abrir o apetite para as importantes e emocionantes decisões que estão para vir.

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