quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

2012: O campo republicano (Parte II)

Dado que o leque de possíveis candidatos a conseguirem a nomeação republicana para as eleições presidenciais de 2012 é, de facto, muito vasto, optei por dividir os políticos em diferentes grupos, com cada grupo a merecer o post respectivo. Ontem, abordei os quatro políticos mais conhecidos e mediáticos que estão a "flirtar" com a ideia de uma possível candidatura à Casa Branca. Hoje, é a vez dos candidatos do establishment republicano: bem integrados no sistema partidário, com experiência relevante e que terão de disputar o espaço mais moderado no interior do GOP.
Tim Pawlenty - O até à pouco mais de um mês Governador do Minnesota é um candidato mais que anunciado à corrida à Casa Branca, em 2012.  Marcou presença na shortlist para a vice-presidência do ticket de John McCain, tendo sido preterido a favor de Sarah Palin. Tem feito inúmeras visitas aos primeiros Estados a irem a votos nas primárias, mas continua com problemas em afirmar-se como uma figura nacional. Muito dificilmente será o nomeado republicano.
Jon Huntsman - O antigo Governador do Utah tem uma história curiosa. Depois de chegar à Casa Branca, Obama nomeou-o Embaixador para a China, porventura o posto diplomático mais importante da actualidade. Consta que essa foi uma medida preventiva do staff presidencial, que temia uma candidatura de Huntsman em 2012. Contudo, Jon Huntsman demitiu-se este mês do seu cargo em Pequim e o seu regresso ao EUA tem levado a que se fale numa corrida à Casa Branca. A sua experiência executiva e em relações externas fazem dele um candidato presidencial formidável. Todavia, ter servido na administração Obama e o facto de ser pouco conhecido do grande público podem prejudicá-lo nas primárias republicanas.
Haley Barbour - Barbour é o protótipo do candidato do establishment. Governador do Mississippi, antigo chairman do Republican National Committee e actual líder da Associação de Governadores Republicanos, goza de uma grande popularidade no interior da estrutura partidária do GOP. Surgiram mesmo rumores que indicavam a vontade de alguns governadores republicanos juntarem forças para garantirem que Haley Barbour obtinha a nomeação. A sua capacidade de angariar dinheiro fazem dele um nome a ter em conta, mas é duvidoso que conseguisse atrair muitos votos fora do Sul dos EUA.
Mitch Daniels - Actualmente à frente dos destinos do Estado do Indiana, Daniels é uma das maiores esperanças dos republicanos moderados e que vêm nele o perfil de um candidato presidencial que poderá derrotar Obama: com experiência executiva (como Governador), orçamental (foi director do Office of  Management and Budget) e de segurança (esteve no National Security Council). Porém, a sua atitude moderada relativamente aos assuntos sociais (chegou a sugerir uma trégua bipartidária em relação a estes temas) pode prejudicá-lo numas primárias republicanas presumivelmente discutidas à Direita.
John Thune - É o único deste grupo sem experiência no ramo executivo, já que fez a sua carreira política principalmente no Congresso, primeiro como congressista e depois como Senador. Foi, aliás, a sua vitória nas eleições para o Senado, onde derrotou o na altura líder da maioria democrata, Tom Daschle, na corrida por um dos assentos do Dakota do Sul, que o lançou para as primeiras páginas dos jornais. Apesar de ter recentemente afirmado que estava a considerar uma candidatura, os factos parecem indicar o contrário, visto que ainda não realizou nenhum dos early states nem está a angariar o dinheiro que seria necessário para entrar na corrida.

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