terça-feira, 19 de junho de 2012

Um novo olhar sobre o mapa eleitoral


Como prometido, deixo aqui a minha visão actualizada sobre aquela que é a situação, no momento, do mapa eleitoral para as presidenciais norte-americanas de Novembro. Desde a minha última análise, em Abril, os números de votos eleitorais para cada lado quase não mudaram (na altura, dava vantagem a Barack Obama, com 258 votos eleitorais, face aos 190 de Mitt Romney. Contudo, houve algumas alterações importantes no que diz respeito aos battleground states da eleição que se aproxima.

O maior destaque vai, sem dúvida, para a passagem do Ohio para o estatuto de toss-up, já que acredito que este Estado poderá ser o local que decidirá o resultado da eleição, caso a corrida seja bastante renhida. Assim sendo, o swing state por excelência tem sempre de estar na coluna dos indecisos, mesmo que as sondagens continuem a mostrar um ligeiro favoritismo de Obama no the Buckeye State. Mas, além do Ohio, também o Wisconsin deixou a coluna democrata, passando também para toss-up, na sequência de várias sondagens que mostram um empate técnico e mesmo uma liderança para o nomeado republicano. Todavia, parece-me difícil que Obama não vença neste Estado e é possível que os últimos estudos de intenção de voto reflictam o momentum republicano proporcionado pela vitória de Scott Walker.

Mas nem todas as alterações no mapa eleitoral são negativas para os democratas, já que mudei o estado do Nevada para lean democrat e do New Hampshire e da Pensilvânia para likely democrat, depois de analisar as mais recentes sondagens relativas a estes Estados. Mas se a vitória de Obama nos dois últimos Estados não é propriamente uma novidade - o Partido Democrata é tradicionalmente bastante forte no nordeste dos Estados Unidos - já o movimento no Nevada traduz a actual grande importância do eleitorado latino no Oeste norte-americano, assim como a grande capacidade de mobilização dos democratas no Nevada, Estado onde o Senador Harry Reid, assim como os sindicatos de trabalhadores dos casinos, têm uma grande influência.

Com base neste mapa, e apesar de nenhum dos candidatos atingir o número mágico de 270 votos eleitorais necessários para ser o vencedor, parece correcto afirmar que Obama é ainda favorito para conseguir um segundo mandato, não obstante as últimas semanas não lhe terem corrido muito bem. Contudo, estamos ainda a mais de quatro meses da noite eleitoral e, até lá, o figurino do mapa eleitoral pode (e vai de certeza) dar algumas voltas. Para já, a corrida está ainda too close to call.

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